Custo x benefício: vale a pena investir um pouco mais em peças de roupas?
As roupas são talvez o item mais importante que alguém possui, visto que são utilizadas todos os dias. E nada melhor do que encontrar um item de vestuário ou até de moda premium com desconto, certo? Afinal, os itens de moda premium reúnem conforto, excelente qualidade, durabilidade e, claro, uma excelente oportunidade de pagar menos e levar mais.
Porém, reparou na ênfase no quase feita logo acima? No caso de roupas, o barato pode sair caro na maioria das vezes. Isso vem na forma de roupas de baixa durabilidade, maior frequência de reposição e um desgaste que pode fazer você gastar mais dinheiro mesmo comprando uma roupa barata.
Na maioria das vezes, investir em peças de maior qualidade pode trazer uma economia bem maior no longo prazo. Se você está em dúvida sobre como ter um melhor custo-benefício na compra de roupas, saiba como fazer as melhores escolhas.
Benefício no corpo — e no bolso
Quando o assunto é roupas, o benefício não se mede apenas no preço da peça, mas sim na sua usabilidade. Assim como um carro ou um avião, o que define se uma roupa é “barata” ou não é quantas vezes aquela peça será utilizada.
Portanto, quanto mais vezes você utilizar uma peça de roupa que está em bom estado, maior é o custo-benefício. Além disso, se essa peça consegue durar por mais tempo sem precisar de alguma reforma ou costura, isso traz um excelente retorno.
Para explicar isso melhor, vamos a dois exemplos.
O barato que sai caro
No primeiro caso, imagine que você comprou uma camiseta por R$ 50 e utiliza essa peça três vezes por semana. Seis meses após a compra, a camiseta sofreu um dano e precisou de uma costura — ou seja, já precisou de uma revisão —, e você gastou R$ 5 para consertar a peça.
Depois de mais dois meses, o dano tornou-se permanente e você precisou descartar a camiseta, comprando uma nova para repor, pagando mais R$ 50 na nova peça.
Portanto, você gastou R$ 55 (R$ 50 da peça mais R$ 5 do conserto) em uma peça que durou oito meses. Além disso, tem o gasto extra de mais R$ 50 na peça nova, o que implica num gasto total de R$ 105.
A peça de uma década
Em um outro exemplo, imagine que você decide comprar uma camisa mais resistente e feita de um material de maior qualidade, mas que custa R$ 70. Portanto, 40% a mais do que a peça de menor qualidade. À primeira vista, parece um mau negócio pagar quase metade do valor a mais em uma camisa, certo? Mas ainda assim, você decide fazer a compra.
Seis meses depois, a camiseta permanece intacta, com a estampa mantendo a mesma qualidade e sem sofrer nenhum dano. Dez anos depois, mesmo com o desgaste do tempo, a camiseta segue mantendo a qualidade e em excelente estado de uso — durante esse tempo, você só precisou fazer uma pequena costura em casa mesmo.
Em suma, mesmo que você tenha pagado 40% a mais pela camiseta do segundo exemplo, ela foi utilizada por muito mais tempo do que a camiseta barata do primeiro. Investir numa peça de melhor qualidade oferece um retorno muito superior em termos de uso, o que acaba compensando o maior investimento.
E, claro, o preço de R$ 70 é bem menor do que o gasto potencial de R$ 105 que você teria no exemplo anterior.
O valor da usabilidade
Muitas vezes as pessoas tendem a comprar roupas no calor do momento, sem muito planejamento. Por isso, elas geralmente olham apenas o preço, mas se esquecem de avaliar o valor e a usabilidade das peças.
Ou seja, normalmente nos empolgamos ao ver o preço da peça, sobretudo em caso de promoções, mas não olhamos a qualidade do produto. E principalmente tendemos a não avaliar se usaremos muito aquela peça, o que quase sempre resulta em peças de roupas jogadas no fundo do guarda-roupa depois de uma ou poucas vezes de uso.
Muitas vezes, o baixo preço de uma peça é obtido em sacrifício à qualidade do tecido, que pode ter um acabamento ruim, com tecidos mais propensos a danos irreparáveis, e até mesmo com processos de produção duvidosos.
Grande parte das vezes, roupas muito baratas não duram tanto tempo e se desgastam com mais facilidade. Isso faz com que você tenha que gastar mais dinheiro para repor uma peça danificada, o que faz a suposta economia do “barato” sair mais cara.